Os políticos capitalistas não estão aceitando este fortalecimento da economia de esquerda!
"A cúpula do BRIC´s confirmou que, ao se declararem contra medidas unilaterais na economia e política mundial, os membros dos Brics não estão buscando confronto, mas estão se oferecendo para analisar abordagens coletivas para resolver todas as questões (globais)", o Brics a sustentação dos regimes de esquerda contra o capitalismo. Os Brics vão se posicionar contra medidas econômicas unilaterais. Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reuniram em Fortaleza, na Cúpula dos Brics. Este posicionamento, segundo muitos economistas, não visa o confronto, mas a disposição em analisar "abordagens coletivas". A cúpula dos Brics é vista, por muitos analistas, como a oportunidade para que "elevar sua influência geopolítica" em momento delicado de isolamentos pela crise internacional
A TEORIA SE CONFIRMA,DEPOIS DO GOLPE,DIAS SOMBRIOS!
Os cientistas econômicos se realizaram quando desenvolveram uma teoria que implica uma predição e esta se confirma na prática.
Em 2008 foi proposto a tendência fundamental da macroeconomia desenvolvimentista que esta se desenvolvendo desde 2001 –
-A tendência à sobre apreciação cíclica e crônica da taxa de câmbio.
Isto significa que a taxa de câmbio se deprecia fortemente nas crises, mas logo volta a se apreciar, o país passa a ter deficits em conta-corrente, e alguns anos depois, devido ao contínuo aumento das dívidas das empresas e do país, uma nova crise financeira se desencadeia, e a taxa de câmbio novamente se deprecia.
- Em 2008 a taxa de câmbio, que se depreciara fortemente na crise financeira de 2002, antes de lula assumir como presidente já voltara a se apreciar e desde o ano anterior estava sobre apreciada ao mesmo tempo em que o deficit em conta corrente do país já voltara a ser grande, dada a forte correlação entre este e a taxa de câmbio.
Nos anos seguintes a tendência se confirmou, e a taxa real de câmbio, a preços do final de 2015: -
flutuou em torno de R$ 2,80, quando a taxa de câmbio, que torna competitivas as boas empresas industriais do país, era de R$ 3,80 por dólar.
Assim, a previsão se confirmou, como também se confirmou sua consequência:
- As empresas, tornadas assim sem competitividade,
- As empresas deixaram de investir,
- Houve uma nova e brutal onda de desindustrialização,
- As empresas se endividaram,
- E,em 08/2013 as mudanças nas leis contra corrupção gerou-se uma crise politica
- Veio o efeito no segundo semestre de 2014, o país entrou em crise financeira, e a taxa de câmbio voltou a se depreciar.
Ela chegou a R$ 4,40, mas logo voltou se a apreciar, e hoje, a preços de hoje, quando a taxa de câmbio competitiva ou de equilíbrio industrial é de cerca de R$ 4,00 por dólar, ela caiu (apreciou-se) para R$ 3,00 por dólar.
NOVAMENTE A TEORIA SE
CONFIRMOU NA PRÁTICA.
Mas não estou feliz!
O que se confirmou foi uma previsão sombria. Quando a taxa de câmbio não é apenas volátil, mas tende a permanecer apreciada por vários anos :-
- Algo que apenas a macroeconômico novo-desenvolvimentista afirma
- O país fica condenado a exportar apenas commodities e permanecer semi estagnado, como está desde 1990, crescendo em média, por pessoa, 1% ao ano.
Hoje o Valor publica ampla reportagem onde as empresas industriais afirmam que essa taxa de câmbio inviabiliza a indústria : –
É mais que isto, inviabiliza o Brasil.
POR QUE A TAXA DE CÂMBIO TENDE A SE
SOBRE APRECIAR NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO?
No plano econômico, porque muitos deles sofrem a doença holandesa, porque suas taxas de juros tendem a ser elevadas, atraindo capitais, porque seus governos acreditam equivocadamente que pode crescer: -
- Com “poupança externa”, ou seja, com deficit em conta corrente financiado por investimentos diretos e empréstimos,
- Finalmente, porque usam o câmbio como âncora para controlar a inflação;
- No plano cultural, porque os brasileiros revelam uma alta preferência pelo consumo imediato, que é incompatível com uma taxa de câmbio competitiva ou de equilíbrio industrial,
- E, segundo, porque deixaram de ser nacionalistas, e passaram a acreditar nas recomendações e pressões dos países ricos.
Afirmo que a economia é uma ciência triste, sombria. Mas muitos cientistas econômicos mostraram que através de uma :
- boa política macroeconômica
- fiscal e monetária
- seria possível superar suas previsões sombrias.
Os economistas novo-desenvolvimentistas concordam, mas acrescentam:
é preciso também uma política cambial – algo que o Brasil não tem desde 1990, quando se submeteu ao capitalismo financeiro-rentista do Oeste, suas elites se tornaram liberaldependentes,
- semi estagnação se tornou o novo normal .
Vivemos dias sombrios de acordo com as previsões econômicas!