Três anos de Lava Jato e você não chamou nenhum tucano sequer para depor, exceto FHC, como testemunha do Lula, com você tratando-o com simpática deferência, quase tietagem explícita.
Quando somos juízes não temos amigos e sim todos são inimigos.
Trabalhamos na justiça somos formados sobre uma base cega onde não sabemos o que é amigo, mas sim um réu seja ele quem for.
Não existe cor,raça,condição social ou profissional ,se foi processado e existe ônus da prova , probus intinerant então,não provou sua inocência ele será executado e condenado.
A MENTIRA DESLAVA DE UM JUIZ SEM MORAL
Em palestra, nos Estados Unidos, acusado de proteger tucanos, você se defendeu afirmando não ter recebido denúncias envolvendo tucanos, o que todo brasileiro sabe que não é verdade,
- Aécio Neves está mais citado na Lava Jato do que Jesus no Novo Testamento.
- Michel Temer e muitos dos dele estão mais citados que Alá no Alcorão.
A dois metros dos seus ouvidos :
- Cerveró afirmou ter dado cento e cinqüenta milhões a FHC, como comissão sobre uma refinaria argentina.
Em outra ocasião, também nos Estados Unidos,
- Você disse que os tucanos não teriam como se envolver em ilícitos porque não eram governo.
AS PROVAS DA TRAIÇÃO E O FATO QUE SABIA DEMAIS E NÃO FEZ DENUNCIA!
E vieram as suas fotos ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, compartilhando água mineral e muitos sorrisos, em intimidade explícita, o Aécio Neves que alguns conhecem parte da biografia que logo se tornará pública, incapaz de dignificar a quem quer que seja.
Agora, a partir da sistematização de informações e da análise feitas por Teori Zavascki, o que talvez tenha lhe custado a vida, e continuado por Edson Fachin e Rodrigo Janot,
- sem Power Point,
- vazamentos seletivos de depoimentos,
- conduções coercitivas, seguidas coletivas de procuradores do Ministério Público,
- manifestações fora dos autos,
- declarações bombásticas,
- condenações prévias...
EXECUÇÃO DAS INFORMAÇÕES E AS RESPOSTAS
Excetuando-se as informações obtidas a partir da arapuca montada pela Polícia Federal, todas as informações restantes passaram, antes, pela Décima Terceira Vara da Justiça Federal de Curitiba, de sua responsabilidade, e custo a acreditar que ao lado dos que estão sendo descobertos e têm foro privilegiado não haja outros sem essa prerrogativa, e que até agora não apareceram.
- O ex-deputado Eduardo Cunha vem tendo tratamento diferenciado na prisão,
- sua esposa e filha não foram presas e, já que em Curitiba convicção tem peso similar à prova material, conforme o Ministério Público daí, uma boa parcela de brasileiros têm convicção do porque?
Apresentado como testemunha de defesa do agora apenado,
- Michel Temer teria que responder a 41 perguntas apresentadas pelo então réu, sendo que você indeferiu 21, mais da metade, sob a alegação de que eram para intimidar e chantagear Temer,
- e agora, refeitas ou não, essas perguntas estão sendo respondidas nas gravações feitas com autorização judicial, ressalte-se.
Já se tornaram célebres as suas interferências nos depoimentos:
- “isso não vem ao caso”,
- “não foi isso o que lhe perguntei”,
- “limite-se a responder o perguntado”... Sempre que um depoimento se aproxima da perigosa zona dos protegidos.
Você vetou perguntas do advogado de defesa de Eduardo Cunha, feitas a Cerveró, sobre Michel Temer, e que agora serão respondidas no inquérito no STF.
Em telefonema grampeado, sempre com ordem judicial, reitero, o Senador Aécio Neves, afastado do cargo, também por determinação judicial,
- foi flagrado afirmando que manobra com delegados da Polícia Federal, para permanecer impune, o que realmente acontece, quando percebemos a quantidade de acusações que há contra ele, sem conseqüências; quando o depoimento do ex-presidente Lula demora cinco horas e a de Aécio, menos de meia hora, soando como ação entre amigos;
- quando o depoimento do ex-presidente merece alarde e o de Aécio acontece quase que secretamente, sem que saibamos o que foi perguntado e o que foi respondido.
O TRATADO POLITICO E JURÍDICO
Observando-se os nomes dos delegados e policiais federais que investigaram o ex-presidente e outros, do mesmo partido, percebemos que a maioria vazou informações, algumas delas caluniosas, e que uma boa parcela deles fez postagens nas redes sociais com ofensas à ex-presidenta e ao ex-presidente, sem esconder a posição política,
- de maneira raivosa e revanchista,
- alguns mesmo trabalhando como cabos eleitorais, pedindo votos para Aécio, nas redes sociais, por ocasião das últimas eleições.
Tivemos até o caso de um Juiz, de Brasília, que fotografado em uma passeata, com camisa da CBF e o rosto pintado de verde e amarelo, saiu da passeata direto para o seu gabinete e em dezoito minutos redigiu e protocolou um pedido de prisão do ex-presidente, contra quem protestou na passeata,
- o que mais que ferir a Ciência do Direito, fere a moral, a ética e a decência.
Há até um Procurador da República preso, por favorecimento a investigados.
E se há necessidade de provar tudo isso, a prova foi apresentada no momento em que o Sr. Rodrigo Janot nomeou um delegado de sua estrita confiança para conduzir as investigações, para evitar a intromissão externa sobre a Polícia Federal e o Judiciário, prática que se tornou corriqueira no Brasil, em todos os estados e na capital federal.
O RESPEITO A LAVA JATO E FALTA DE MORAL PARA CONDUZI-LA
Sergio Moro, a Lava Jato nasceu respeitada, com crédito no que apurou, a ponto de considerarmos o ex-presidente Lula liquidado politicamente, amargando 20% da preferência do eleitorado, mas na medida em que todos os atos que narrei vieram a público, criou-se no país a impressão, para uns, e a convicção, com força de prova, em Curitiba, repito, para outros, de que a Operação Lava Jato é um tribunal político travestido de jurídico, com você funcionando como advogado de defesa de uma parcela de políticos e promotor para os que lhes são opositores, e o resultado está nos 47% de intenções de votos em Lula.
Esta idéia está corroborada por muitos colegas seus, juízes também, aqui e no exterior, onde se incluem desembargadores, professores de Direito e pessoas de notório saber jurídico.
Plagiando um grande poeta, digo-lhe que o seu silêncio nos atordoa. Diante dos últimos acontecimentos, você, que é tão pródigo em declarações, entrevistas e manifestações, permanece calado.
Repare que o tratei por você quando quero e deveria tratá-lo por Senhor, Doutor e Excelência, mas é que o vejo como político e não como juiz, uma visão que cada vez mais ganha corpo no país.
Diante de todo o exposto, e que considero a exposição de milhões de brasileiros, enquanto funcionário público você nos deve explicações.
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